Helena Ranaldi teve "crise de choro” ao gravar cena da raquete em "Mulheres Apaixonadas"

  • Por Jovem Pan
  • 31/10/2017 14h12
Johnny Drum/ Jovem Pan

Helena Ranaldi tem uma longa lista de novelas na carreira, mas uma de suas personagens mais marcantes ainda é Raquel, de “Mulheres Apaixonadas” – e a cena em que ela é agredida com uma raquete por Marcos (vivido por Dan Stulbach) é uma das mais famosas da teledramaturgia brasileira. No Pânico na Rádio desta terça-feira (31), a atriz lembrou do papel e contou que teve crises de choro durante as filmagens.

“Lembro que quando estávamos fazendo as cenas eu tive crise de choro duas vezes depois que a gravação acabou”, contou. “Eu chorava porque a sensação de violência era pesada. Eu tinha que alimentar aquilo dentro de mim e não foi fácil”, explicou.

Para a atriz, a intensidade para as filmagens valeu a pena. “Foi marcante. Até hoje as pessoas falam do Dan [Stulbach] como Marcos e desses personagens”, falou. “Acho que foi a primeira vez que a questão da violência doméstica foi retratada em uma novela e as pessoas ficaram muito revoltadas”, lembrou.

Além da novela, Helena lembrou de outro trabalho na TV Globo: quando apresentou o “Fantástico” ao lado de Pedro Bial, em 1996. “Fui convidada para a parte de entretenimento do programa, mas [no final] estava apresentando as desgraças. Me senti uma jornalista”, lembrou.

Apesar da boa experiência que teve, a atriz percebeu que ser apresentadora não era algo que lhe atraia. “Achei super bacana por um lado, mas não tinha muito a ver comigo”, falou.

“Se Existe Eu Ainda Não Encontrei”

Longe da TV, Helena está em cartaz com a peça “Se Existe Eu Ainda Não Encontrei” junto com o namorado Daniel Alvim, que assina a direção da montagem. Para o casal, parte do sucesso do espetáculo é a forma sutil como ele mostra a falta de uma comunicação dentro de uma família.

“[O personagem de] Leopoldo Pacheco é preocupado com questões ambientais, mas o contraponto é a filha que sofre bullying e ele não vê, o casamento que foi embora e ele acha que está fazendo o melhor, mas não na casa dele”, exemplificam ao apontar que, sutilmente, a peça toca em discussões sobre bullying e alzheimer.

“A grande responsável por essas questões é a incomunicabilidade humana. Dentro de um núcleo familiar que devia ser o lugar onde as pessoas mais se comunicam e mais teriam liberdade em se expressar”, analisou Helena.

“Se Existe Eu Ainda Não Encontrei” está em cartaz em São Paulo, no teatro Eva Herz. As sessões acontecem aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h.

 

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